## Pássaro Ferido ##
Ah! Pobre pássaro!
Que fizestes das próprias asas?
Quanto além fostes entre árvores e montanhas?
Ah! Meu pobre pássaro!
Que tipo de deslealdade feriu tua liberdade?
Quão dividido ficastes entre tanto que há em teu céu!
Que ventos foram maiores que tuas asas suportariam?
Que tanto quisestes desvendar além do que deverias?
Entre luxos e lixos voastes abusando de autonomias...
Ah! Meu pobre pássaro!
Levantes! Carregues o soco que levastes dos ventos!
Esquece os lamentos e segues sem limites!
Levanta-te pássaro!
Lembra-te pois que ilimitados são os prazeres que o céu oferece
Mas que são poucos os que ao coração aquecem...
Levanta-te pássaro!
Que a liberdade o aguarda ainda com tanto a oferecer
Mas lembra-te dos perigos que ela pode esconder!