ALEGRIA E TRISTEZA DO POETA
O poeta se alegra quando olha para o céu
Vê um Sol brilhante irradiando seu fulgor,
Nuvens esparsas navegando no infinito azul,
Onde pássaros voam em rasantes descidas
Buscando o alimento para levar para seu ninho,
Cumprindo assim o ciclo da vida.
A alegria do poeta e estar entre as flores,
Onde busca a inspiração para seus versos,
Olhando as borboletas de variadas cores,
Num gira gira estonteante entre as flores,
Sugando o néctar entre as pétalas de múltiplos odores,
Cerceadas por outros insetos,
Que ali também buscam seu sustento.
Alegria maior para o poeta é ver o verde lindo das matas,
E sentir seu cheiro ameno no frescor do entardecer,
Mergulhado em pensamentos, inspirado cria versos,
Ouvindo o murmúrio das águas
Daquele riacho que corre deslizante rumo ao mar.
E a cantiga dos pássaros na despedida do dia
Faz recordar do amor que está a sua espera
E que faz seu coração bater mais acelerado
Conseqüência da paixão que explode no seu peito.
E sua grande alegria é estar com sua amada,
Num abraço entrelaçado caminhando pela praia,
Sentindo nos pés descalços a maciez da areia branca,
Encoberta pelas águas que em ondas vem do mar,
Onde o brilho do luar desponta quando a noite
Surge calma e sua magia, faz o poeta cantar
Em versos o seu amor.
A tristeza do poeta é quando vê tudo aquilo
Que lhe deu a inspiração para compor os seus versos,
Que falava de amor, de alegria e paixão,
Das belezas do Universo e a sua perfeição,
Das flores tão coloridas e as suas belas matas,
A grandeza do mar e suas praias tão lindas,
Que outrora foi a fonte dos poemas que escreveu,
Agora toda beleza da natureza perfeita,
Foi destruída pela ambição desmedida,
Da selvageria sem limites de quem não tem amor
Por nada nem por ninguém,
E cuja alma negra corroída de maldade,
Somente busca a ganância e o poder,
Não se importando com o mal que possa fazer
Ao nosso Planeta Terra,
Que é tão lindo e ferido,
Aos poucos vai sucumbindo,
Tal qual ave abatida pelas mãos do predador.
There Valio – 10-08-2006