Componho nossa história

Em tuas mãos detive meu caminhar

e na última poeira

que baila do raio,

reconstruí a esperança

no meu cárcere

de navegar silencioso

Como um rio sereno,

ouço apenas a respiração

do musicar da alma,

debruçada no rumor do teu amor

que a tudo assiste e consome

Compomos a saudade límpida

nas páginas que escrevemos

sob o tempo anoitecido,

antigo quanto meu pensar

e nos braços desses lentos ventos,

entrego-te os rumos do que pensamos

e o que quase nada somos

Conceição Bentes

09/04/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 09/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T2187070
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