BRUTO BRILHANTE...
BRUTO BRILHANTE...
"Quando te vi, a luz dos seus olhos
Tornou a tela um bruto brilhante
Logo tomei meus instrumentos
Quero lapidar-te nesse vago instante
Cortar as arestas
Tocar nas frestas que a luz contorna e rompe
Tornar a jóia bruta em relíquia
Soltar as alças da roupa
De longe tocar nos ombros
E beijá-los com as ferramentas
Firmes nas mãos que tenho e uso
Por no chão as formas ímpias
Deixar-te nua de supérfluos
Você que é meu brilhante
Mina de pedras preciosas
De luminosidade incandescente
Feito brasa que queima em meus olhos
Descer por seus seios inclementes
Molda-los e amadurece-los
No tilintar dos estiletes ferventes
E tornar precioso o que preciso
De toda desnuda, louca e em pêlo
Pedra bruta que me açoita
Brilhante puro que refuta
DA precisão de ter lados simétricos
Nas linhas traçadas na minha luta
Colocar-te-ei sobre as pernas-pedestal
Delicada jóia de luxo e meu tormento
Jóia de sóbria luz monumental
Que com teu brilho solto, magistral
Constrói-se alem do meu discernimento..."