ESPERAS...
”Eu não sei, só sei que foi assim...”
...Mas, é assim mesmo...
chega invadindo, sem licença
ou alvará de intervenção,
vem trazendo reticências
sai e deixa exclamação!
E a gente ainda em basbaque
destrava tudo, tira o lacre
retira o escudo e o alarme,
inda prende o Pit Bull...
...e deixa o novo amor entrar,
até fazer todo o estrago...
vais, levas Saramago,
fica o estômago embrulhado
e o coração em aziago!!!
Mas, revendo o seu ponto de vista explícito,
aí tudo se refaz em reflexões e buscas de paz!
Afinal, e até porque,
se quem espera sempre alcança?!...
Não desespero em esperar,
sobretudo, se delicio a minha alma
que de tola ainda dança
pois me resta a esperança
que ainda estás a me esperar...
..aqui, ali, aí, alhures ou acolá,
E que esse nosso amor depure
mais e mais amor e em todo lugar:
perto ou longe a alcançar...
no encalço de quem busco!!!
E, se, o que desejo tanto
vier ao meu encontro
há de ser o nosso encanto...
Ah, "podes vir, se quiser...
voltes quando saudades tiver,
que eu estarei aqui
sempre a esperar..."
A porta estará aberta
escancarada e esperta...
poupa a campainha
torna a invadir,
vens a mim ater e ter-me!
Gira a maçaneta e entra,
"não precisas nem bater!..."
(Relembrando Vinícius, meu poeta-vício).