ESPERAS...

”Eu não sei, só sei que foi assim...”

...Mas, é assim mesmo...

chega invadindo, sem licença

ou alvará de intervenção,

vem trazendo reticências

sai e deixa exclamação!

E a gente ainda em basbaque

destrava tudo, tira o lacre

retira o escudo e o alarme,

inda prende o Pit Bull...

...e deixa o novo amor entrar,

até fazer todo o estrago...

vais, levas Saramago,

fica o estômago embrulhado

e o coração em aziago!!!

Mas, revendo o seu ponto de vista explícito,

aí tudo se refaz em reflexões e buscas de paz!

Afinal, e até porque,

se quem espera sempre alcança?!...

Não desespero em esperar,

sobretudo, se delicio a minha alma

que de tola ainda dança

pois me resta a esperança

que ainda estás a me esperar...

..aqui, ali, aí, alhures ou acolá,

E que esse nosso amor depure

mais e mais amor e em todo lugar:

perto ou longe a alcançar...

no encalço de quem busco!!!

E, se, o que desejo tanto

vier ao meu encontro

há de ser o nosso encanto...

Ah, "podes vir, se quiser...

voltes quando saudades tiver,

que eu estarei aqui

sempre a esperar..."

A porta estará aberta

escancarada e esperta...

poupa a campainha

torna a invadir,

vens a mim ater e ter-me!

Gira a maçaneta e entra,

"não precisas nem bater!..."

(Relembrando Vinícius, meu poeta-vício).

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 09/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
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