Ilusão de ótica
Esther Ribeiro Gomes
Outono, noite clara de luar...
Lá fora, o vento balança as folhas
e vejo uma porta no meio do jardim.
Essa porta se abre para um corredor
e minha imaginação voa...
Quem sabe há uma surpresa para mim?
Será que há alguém lá?
Será que encontrarei o amor?
Lá fora, o silêncio impera.
E se for apenas um sonho?
Quem sabe uma doce quimera?
Deixo-me levar pela fantasia...
Aonde aquele corredor me levaria?
Ao encontro do amor num cavalo alado?
Será um caminho encantado?!
Os sinos do relógio batem meia-noite
e o vento castiga meu rosto feito açoite.
Abro os olhos e acordo daquele devaneio...
Aquela porta, no meio do jardim,
é o reflexo da porta de vidro da sala.
Que pena! Foi apenas ilusão de ótica...