Ilusão de ótica

Esther Ribeiro Gomes

Outono, noite clara de luar...

Lá fora, o vento balança as folhas

e vejo uma porta no meio do jardim.

Essa porta se abre para um corredor

e minha imaginação voa...

Quem sabe há uma surpresa para mim?

Será que há alguém lá?

Será que encontrarei o amor?

Lá fora, o silêncio impera.

E se for apenas um sonho?

Quem sabe uma doce quimera?

Deixo-me levar pela fantasia...

Aonde aquele corredor me levaria?

Ao encontro do amor num cavalo alado?

Será um caminho encantado?!

Os sinos do relógio batem meia-noite

e o vento castiga meu rosto feito açoite.

Abro os olhos e acordo daquele devaneio...

Aquela porta, no meio do jardim,

é o reflexo da porta de vidro da sala.

Que pena! Foi apenas ilusão de ótica...

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 08/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
Código do texto: T2185242