Desalento

No Rio

O morro desceu e muita gente

Morreu, desespero e desalento

Sobraram neste rosto meu.

A dor, eu sei, é profunda

E os corações estão de luto

Desmoronamento, deslizamento

Sonhos levam, mas não tiram

A esperança de viver.

Meu canto em choro se transformou

Minha alegria em lágrimas converteu

Diga-me, ô Deus, por que tanta chuva,

Tanto desalento neste sonho meu?

Além do desalento, sobrou-me ainda

A solidariedade, donativos chegam

De todas as cidades, onde a fraternidade

Ainda não morreu. Enfim o sol há de aparecer.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
Código do texto: T2184331
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