DELEITE
Quando beijei tua boca leitosa e molhada
Balbuciaste palavras em deleite
Filosofaste tanto para qu’eu te aceite
Que transformaste alguns versos em coalhada.
De ti, tudo que sai é perfeita sinfonia
Tua beleza interior é tão deslumbrante
Que até teu pensamento triunfante
Chega a mim e parece poesia.
Ao procurar outras bocas me atrapalho
E a cada dia me fraquejo
Não te esqueço um só instante.
Vou voltar p’ros teus braços novamente
E, num ímpeto galopante,
Nunca mais deixarei de provar beijos de coalho.