Águas de Abril
Rio de Janeiro - abril de 2010
O que era doce parece tão amargo,
A manhã de arrebol se diluiu
Parecem efervescentes os teus morros
Que boa parte a chuva destruiu.
Cadê os teus cantos, oh Rio de Janeiro?
Faria Vinicius uma nota de pesar?
Cantaria o Tom uma canção por inteiro?
De certo estariam a chorar.
Mas desse chorar, sairia um chorinho
Que viria depois a ser sucesso
Então, Oh Rio, vives consciente tuas chuvas, tuas lágrimas
Que mais tarde te darão mais versos.
Benditas são tuas florestas, tuas praias,
O teu céu, que mesmo encoberto, está sorrindo,
Porque sabe que amanhã, outro poeta
De algum lugar, vindo
Constatará soberbo: “O Rio de Janeiro, continua lindo!”