Amargo

Mal reconheci seus antigos amores

Perambulam por ai, perdidas e nuas

Aproveitando cada segundo de todos os seus dissabores

Acomodadas no seio da rua

O lábio ferido sente o gosto amargo do chão

O sabor da sarjeta do escárnio

Inútil é tentar contar todos os ossos que lhe foram quebrados da mão

Tentando em vão derrotar todos esses falsários

Que ofereceram ouro e vinho

Em troca de tua dignidade

O que restou de tudo foi à maldade

Hoje não há outro caminho

Para quem sempre temeu a escuridão e se sentir sozinho

Fica a dor, nada restou da trinca anos de glória e felicidade

07/04/2010