REDE D’ÁGUA

A minha poesia se balança

Na rede d’água do azul de um rio

E meus olhos se afogam nas ondas calmas

Meu espírito voa

Na velha canoa

Dou a mão ao barqueiro

Ele é um príncipe

Seu cavalo é a onda

Sua noiva é a crista de espuma e renda

Que molha seus pés descalços

Da maldade humana

As mãos são conchas

Que guardam as minhas lágrimas de saudades

Do não vivido