nada mais sei de voce
nada mais sei de voce
dos olhos de mar
da boca
da fome
do jeito de amar
do toque das mãos
dos momentos que foram
dos momentos que são
as horas perdidas ao vento
as horas doadas ao tempo
as madrugadas
o relento
o embate dos peitos profanos
a escuridão
as promessas
os desenganos
os planos e planos
em vão
nada mais sei de voce
tão pouco da estrela
onde estava escrito
tanto de um amor
que em versos
era sempre o mais bonito
que deveria sim
perdurar perdurar
por anos e anos
por vidas inteiras
morando dentro de mim
pelo infinito
deve ter sido só um desejo
um sonho
um gracejo
de um coração aflito
fraco
e faminto
talvez depois daquele abraço
daquele olhar
daquele beijo
tão confusos pensamentos
tão confusos labirintos
nada mais sei de voce
da voz enbargada
dos sorrisos
não quero saber
não preciso
prefiro minhas noites caladas
meu abrigo