nada mais sei de voce

nada mais sei de voce

dos olhos de mar

da boca

da fome

do jeito de amar

do toque das mãos

dos momentos que foram

dos momentos que são

as horas perdidas ao vento

as horas doadas ao tempo

as madrugadas

o relento

o embate dos peitos profanos

a escuridão

as promessas

os desenganos

os planos e planos

em vão

nada mais sei de voce

tão pouco da estrela

onde estava escrito

tanto de um amor

que em versos

era sempre o mais bonito

que deveria sim

perdurar perdurar

por anos e anos

por vidas inteiras

morando dentro de mim

pelo infinito

deve ter sido só um desejo

um sonho

um gracejo

de um coração aflito

fraco

e faminto

talvez depois daquele abraço

daquele olhar

daquele beijo

tão confusos pensamentos

tão confusos labirintos

nada mais sei de voce

da voz enbargada

dos sorrisos

não quero saber

não preciso

prefiro minhas noites caladas

meu abrigo

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 06/04/2010
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