Os meus versos são:
De quem chora
De quem ama
De quem vive
De quem morre.
Dos desalentos
Juntos aos prantos.
Fiz este verso com choro
Com muito desalento
Já desencantada
Com descontentamento
Fecho a porta da vida
Com a tranca do agora
O verso está vermelho
Em sangue
Um sofrimento ardente
Na tristeza solta...
Os remorsos vão...
E vem...
Sinto ardor nas veias
Às vezes frio
Às vezes quente
Vai se esgotando
De gota em gota
O coração.
Nestes versos
Angustiados como
Brasa sai da boca
Que da vida corre
Deixando um sabor
De incerto...
Faz-se o verso de quem
Vive ou Já morre.