FUJO...SEM SABER DE QUÊ!
Constrangida e assustada,
olho para o lado…
Um caminho estreito, apertado,
onde nada encontro… nada há,
Só eu, e ignorando por que estou lá!
Por cautela, não olho p’ra trás,
nada de nada quero ver,
nem mesmo reviver!
Só quero ter alguma Paz…
E na minha cama vazia,
confortável mas tão fria,
dorme comigo a solidão,
que sempre me pede perdão,
por ser muda e tão quieta!
Ela sabe que fico inquieta
porque sinto a sua voz
num silêncio negro e atroz
dizer-se companhia perfeita!
Cega, não vê que estou desfeita…
Sozinha, sem Amor, nem Amigo,
Olho em meu redor…
Apenas uma multidão que não me vê.
Avanço. Só a minha sombra comigo.
E corro. Fujo… sem saber de quê!