FUJO...SEM SABER DE QUÊ!

Constrangida e assustada,

olho para o lado…

Um caminho estreito, apertado,

onde nada encontro… nada há,

Só eu, e ignorando por que estou lá!

Por cautela, não olho p’ra trás,

nada de nada quero ver,

nem mesmo reviver!

Só quero ter alguma Paz…

E na minha cama vazia,

confortável mas tão fria,

dorme comigo a solidão,

que sempre me pede perdão,

por ser muda e tão quieta!

Ela sabe que fico inquieta

porque sinto a sua voz

num silêncio negro e atroz

dizer-se companhia perfeita!

Cega, não vê que estou desfeita…

Sozinha, sem Amor, nem Amigo,

Olho em meu redor…

Apenas uma multidão que não me vê.

Avanço. Só a minha sombra comigo.

E corro. Fujo… sem saber de quê!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 16/08/2006
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