Como me ensinam as coisas que esperam...

Como me ensinam

as coisas que esperam,

e o perfume que anuncia

a possibilidade do aroma,

o aroma que enaltece

a indelicadeza dos ventos,

as poesias que não querem

ser tão cedo desvendadas,

os signos do silêncio

desobrigados de sentido,

o mar a um náufrago

e sua irreal potência;

o que é essencial ao homem

e continua intraduzível.

Danilo Sérgio Borges
Enviado por Danilo Sérgio Borges em 05/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T2178800