Caminhando.

Ando só. Minha mente anda ausente do presente.

me perco entre os escombros do que fomos.

lá bem longe encontro paz, encontro vida.

Ando só, perdida em minhas lembranças

e esquecida minha felicidade.

é como uma cidade estranha

Além do horizonte que os meus olhos veem.

Ando só, sem desejos

Mal percebo a luz do dia, e a noite fria

já não me assusta, eu fico muda.

Meus fantasmas se compadecem e desaparecem

Fica só o silêncio, a chuva fina e eu...

Eu já nem sei dizer se é melancolia

se é uma covardia latente.

Se há saída ou se nesta via que acesso

Os meus mais terríveis pensamentos

Não tem curvas, nem pontos de acesso

Para chegar a um lugar que seja quente.

Por isso eu ando, apenas ando

incansávelmente.

Até que por sorte, ou acaso do destino

me apareça um novo porto, um rio..

Onde eu ponha meus pés e descanse.

Ou a lápide onde eu enterrarei cada um

dos meus sonhos.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 05/04/2010
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