Caminhando.
Ando só. Minha mente anda ausente do presente.
me perco entre os escombros do que fomos.
lá bem longe encontro paz, encontro vida.
Ando só, perdida em minhas lembranças
e esquecida minha felicidade.
é como uma cidade estranha
Além do horizonte que os meus olhos veem.
Ando só, sem desejos
Mal percebo a luz do dia, e a noite fria
já não me assusta, eu fico muda.
Meus fantasmas se compadecem e desaparecem
Fica só o silêncio, a chuva fina e eu...
Eu já nem sei dizer se é melancolia
se é uma covardia latente.
Se há saída ou se nesta via que acesso
Os meus mais terríveis pensamentos
Não tem curvas, nem pontos de acesso
Para chegar a um lugar que seja quente.
Por isso eu ando, apenas ando
incansávelmente.
Até que por sorte, ou acaso do destino
me apareça um novo porto, um rio..
Onde eu ponha meus pés e descanse.
Ou a lápide onde eu enterrarei cada um
dos meus sonhos.