Apelo silencioso
A madrugada exala o odor do imponderável
Seduzindo nossos corpos já despertos
Arrebata-nos o som do firmamento
Sentimos o contato agradável
Dos corações nossos, pulsando, tão de perto
Nos levando à dimensão do alheamento
E iniciamos uma dança que é antiga
Que nos cativa e nos deixa alucinados
Em ritmo que só pertence à eternidade
Nossas almas, que de muito, são amigas
Cedem vez aos sentidos inebriados
Que no momento buscam sua saciedade
Como resistir tanto ardor!
Nos buscamos vorazes sem pudor
A volúpia nos envolve sem piedade
No exato momento de esplendor
Explode nosso gozo em partículas de amor
No frenesi irresistível da vontade...
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas