O PRANTO DA GOTA D'AGUA



Imploram sedentos por minha presença na incessante
Frequência de luz quando a esperança se esvai;
Nunca fugi do leito se o sol sempre é escaldante
E estou na liquidez do tempo, mesmo se a fonte retrai.

Dispersam-me na ganância vil, porém nunca saio
Da missão que recebi para refrescar a natureza;
Sei que, infelizmente, por vezes, me olham de soslaio
E ao me tornar conjunto, tudo é canto de beleza.

Castigam o meu ambiente numa maldade sem fim
E se esquecem de valorizar a pequenez do universo
Que sou ao se fartarem, como se não há sede sem mim;
Apelo aos prantos a não me secarem, é o que peço.


EXTRAIDO do meu livro Minhas Emoçoes - em versos. Lançamento em 29 de abril de 2010 na Editora Universitaria - UFPE - Recife.
LeandroRecife
Enviado por LeandroRecife em 05/04/2010
Reeditado em 09/08/2010
Código do texto: T2177752
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