DESATINO

Desatino
parece
coisa de menino,
mas não!
O menino cresce,
vem o tino, o siso,
e nessas veredas insanas
onde o nada se procura,
o homem menino
cai no sonho da aventura,
de um novo desatino.
A escorregadela, no entanto,
pode ter ato conseqüente,
aí não culpe o destino
pela andança inconseqüente,
a primeira se perdoa,
a segunda talvez,
vá lá foi uma coisa à-toa,
ainda há chance,
a terceira... atenção neste lance,
a quarta e quinta é insensatez,
porém nesse ritmo, nesse caminho,
o homem menino e sua insolência,
terminará seus dias em completa solidão,
a não ser que “alguém”
imponha cadência
nesse desatinado coração
de intenso viver,
sabe amar, não sabe se proteger,
deixa-se envolver.

ANDRADE JORGE
15/08/06
ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 16/08/2006
Reeditado em 08/09/2006
Código do texto: T217760
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