DEMISSÃO

Como faço

Para me demitir

Desse sofrimento

De ser poeta

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GRANDE EMOÇÃO TENHO COM A PARTICIPAÇÃO MUITO SIGNIFICATIVA E CARINHOSA DA COLEGA DALVA MOLINA MANSANO:

O SILÊNCIO DAS PALAVRAS

Virei um açude involuntário

e estanquei em mim as palavras.

Foram presas na garganta

como que cercadas em um cubículo

de cujas grades queriam fugir.

Calada a voz,

o coração disparou

e gritos sufocados

bramiam em meu peito!

_ Quedem, por favor,

para que eu dormir possa!

Em vão imploro

e arrastam-me elas

vertedouro abaixo...

desaguam meus olhos

e confluem com este rio...

palavras soltas,

comportas abertas.

Eis meu poema!