DUAS ALMAS

Meus olhos estão cansados de chorar.

Os teus lábios com preguiça de rezar.

Meus ouvidos tapados para não escutar.

O teu coração flagelado de tanto amar.

Em tua alma, hoje morada da solidão,

meus pensamentos tristes vem e vão.

Teu peito guarda e resguarda o coração.

O meu tempo deixa correr a emoção.

Teus cabelos embranqueceram com certeza.

Os meus sonhos desabaram, é só tristeza.

De ti desapareceu para sempre a fortaleza.

De mim, junto da vida, foi-se a beleza.

Assim duas criaturas choram amargamente.

Há dores encontradas frequentemente

Nos caminhos pedregosos, que ultimamente

Cheio de tropeços, esperam do que vem a frente.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 04/04/2010
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