O maior desastre oculto

Venha, desperta tu que dormes,

os sinos das catedrais te chamam.

Venha ver as colinas e os montes,

os outeiros entre as nuvens.

Os céus proclamam a glória de Deus

e o firmamento anuncia suas obras.

A natureza em conflito com o destruidor,

os verdes campos e as matas desbotados.

A humanidade semeando tempestade,

colhendo catástrofes e ventos,

acendendo fogueiras tamanhas

que não conseguem mais apagar.

A minha poesia perde o seu brilho.

Nela as palavras se embargam...

O barulho das máquinas poluidoras,

o grito das matas e dos campos.

E tudo como se nada estivesse acontecendo.

A natureza pede socorro e recebe agressão.

Até quando este grito e esta turbulência...

Cada vez mais petróleo e fumaça para os ares.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 04/04/2010
Código do texto: T2176917