esPelho
para se mirar...
O tempo passaria devagar, na ilha tudo seria mar, sol, frutas, temperaturas e prazeres. Nem um dia seria igual ao outro, embora as belezas naturais não mudassem de lugar. Ali não haveria espelho para se mirar. O desejo de se ver, saber o brilho dos olhos, a cor da pele, o viço dos cabelos, o branco do sorriso após o banho de sol, não Menina! Nada disso você teria! Ali as águas seriam sua companhia. Feito pássaro livre percorreria por caminhos livremente, dia após dia, meses, anos. Num novo tempo, um tempo brando, colorido de verde e recheado de águas cristalinas. Viveria, viveria feliz! Viveria o eterno das horas, lentas, melodiosas, embaladas pelo barulho das águas do mar e das cachoeiras. Ao som do canto das aves que habitariam o seu novo lar. Numa terra distante, longe das loucuras da civilização, sem nenhuma pressa, você Menina adormeceria com as trocas de luas. E seguindo os próprios passos na areia, renovaria a vida com os amanheceres solares, o sonho de um dia morar no paraíso, realidade se tornaria.