DATA

Nunca lhe darei o luxo

de me ver esquecer sua data.

Esqueço tudo,

mas pra isso, não: minha mente é exata.

Insistente persistente e chata.

Precisão da indústria alemã.

Expressionismo alemão.

Esse tal passado,

que verte nossa existência

em seiva completa.

Espinha dorsal latente,

Quente, viva,, complexa,,, dormente.

Todo gótico, francês e alemão,

não é feito nem de pedra

nem de vidro, mas de luz...

Assim nosso casamento,

que se pode ler nos clarões...

Arcos laureiam seu cabelo louro.

Qu’escorre nos ombros recolhidos.

Na sua timidez helênica.

As alianças luminosas nos dedos

sujinhos de açúcar... rs

Quem mais há de entender

do que esse poemeto fala?

Da mulher que é significado...

Da que é o pelo que diz e cala.

Que É lembrança, presente e amor.

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 04/04/2010
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