ABSTINÊNCIA
Dói. Dói muito!
O relógio ri com seus ponteiros,
O tempo. O drama.
Penso que é algum espírito
Possessivo, passional, de porco!
Lembro da tia que via coisas...
Choro um choro abrupto,
Absoluto! Copiosamente...
Corpo quer a cama. Tic-tac!
Que horas são?
Hora de se salvar (pensa).
Acende uma bituca amassada,
“Maldito companheiro!”
Não consigo livrar-me de ti,
Nem com toda terapia.
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença...
Amando-te!