ABSTINÊNCIA

Dói. Dói muito!

O relógio ri com seus ponteiros,

O tempo. O drama.

Penso que é algum espírito

Possessivo, passional, de porco!

Lembro da tia que via coisas...

Choro um choro abrupto,

Absoluto! Copiosamente...

Corpo quer a cama. Tic-tac!

Que horas são?

Hora de se salvar (pensa).

Acende uma bituca amassada,

“Maldito companheiro!”

Não consigo livrar-me de ti,

Nem com toda terapia.

Na alegria e na tristeza,

Na saúde e na doença...

Amando-te!

Mirea
Enviado por Mirea em 04/04/2010
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