Num impasse

Há no tempo uma lacuna impenetrável

Um caos onde se esconde a inutilidade

Breves momentos que não servem para nada

Buracos negros sem futuro e sem história

Onde o cosmos conspira contra a humanidade

Não se define aquilo que não é palpável

É nesse nada que passeia ao lusco-fusco

Esse fantasma que vagueia sem ter rastro

Que os sonhos morrem no vazio do esquecimento

E o ser humano deixa de ser sociável

No esconderijo onde se guardam sentimentos

Cela ou guarita encerrada a sete chaves

Há toda uma noite que respira desamor

Não há minutos, nem segundos, só entraves

Cratera onde a vida faz morada, num impasse…

Fana
Enviado por Fana em 03/04/2010
Código do texto: T2175141
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