O POETA E SUAS RIMAS POBRES
O poeta um artista nobre,
Que expressa o sentimento em rimas,
Ainda que rime pobre,
Atraem sentimentos como imãs.
O papel representa a estrada,
E nela o poeta percorre,
Tropeçando nas encruzilhadas,
É a vida que passa e transcorre.
Os versos aplacam a dor das feridas,
Tristezas e mágoas mascaradas,
É válvula de escape para decepções contidas
E inúmeras indagações atropeladas.
Da alegria à tristeza,
Fazendo versos com sabedoria,
Mostrando a vida com certeza,
Numa real e fiel maestria.
Se os versos preenchem o vazio,
Não sei com fiel certeza,
Mas aquece e aplaca o frio,
E o lamento que só denota aspereza.
Ser poeta tem um quê de lunático,
Afinal, qual ser humano normal?
Este é um modo fantástico,
E belo de expor os sentimentos, que tal?
Dando ao público minha graça,
Mostro minha poesia,
A vida que passa sem graça,
Porém, com muita sabedoria.
Do alto da juventude,
Lembranças de boas recordações,
Na maturidade a amplitude,
Cenário das muitas indagações,
Quantos questionamentos,
Que se faz da vida afinal?
Muitos são os maus momentos,
Para deleite final tudo acaba normal.
Rima pobre não é pecado,
Acabo o poema afinal,
Certo de ter dado o recado,
Ainda que de forma banal.