O POETA E SUAS RIMAS POBRES

O poeta um artista nobre,

Que expressa o sentimento em rimas,

Ainda que rime pobre,

Atraem sentimentos como imãs.

O papel representa a estrada,

E nela o poeta percorre,

Tropeçando nas encruzilhadas,

É a vida que passa e transcorre.

Os versos aplacam a dor das feridas,

Tristezas e mágoas mascaradas,

É válvula de escape para decepções contidas

E inúmeras indagações atropeladas.

Da alegria à tristeza,

Fazendo versos com sabedoria,

Mostrando a vida com certeza,

Numa real e fiel maestria.

Se os versos preenchem o vazio,

Não sei com fiel certeza,

Mas aquece e aplaca o frio,

E o lamento que só denota aspereza.

Ser poeta tem um quê de lunático,

Afinal, qual ser humano normal?

Este é um modo fantástico,

E belo de expor os sentimentos, que tal?

Dando ao público minha graça,

Mostro minha poesia,

A vida que passa sem graça,

Porém, com muita sabedoria.

Do alto da juventude,

Lembranças de boas recordações,

Na maturidade a amplitude,

Cenário das muitas indagações,

Quantos questionamentos,

Que se faz da vida afinal?

Muitos são os maus momentos,

Para deleite final tudo acaba normal.

Rima pobre não é pecado,

Acabo o poema afinal,

Certo de ter dado o recado,

Ainda que de forma banal.

Patrícia P Ventura
Enviado por Patrícia P Ventura em 02/04/2010
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