POESIA D'ALMA


De olhos fechados deixo que as palavras venham tocar-me a alma
sublinhando o percurso dos sentidos, exaltando a calma
Que suavemente descrevam o encanto, as matizes deste meu sentir
que por vezes me assombra quando triste se põe a me ferir

Quero versos traçados no rigor e na intensidade dos sentimentos meus
ressaltando o furor do que me move, e por ser assim se ponha a cantar
uma canção capaz de emocionar, tons que transgridam os muros teus
e que embale em doçura plena os sonhos que desejo sonhar
Que seja poesia nua, ritmada, cadenciada e farta
que revele meus segredos, que explore meus mistérios
que exponha tudo de mim, desvendando o sério
tudo que guardo em cárcere privado, até esse meu ar sensato.
Quero a alma desnuda, sem pudores, uma verdade absurda
quero o amor em faces que carrego, tão nobre, tão capaz, tão sincero
A minha revolução desenhada em letras de explosão contínua, mútua
Pois sou assim o verso e reverso de mim
tão tudo, capaz de amar e de me auto ferir
Uma loucura extrema, vestida de belos poemas
Sou assim uma tempestade de sentir
Escrevo procurando a exatidão, 
e percebo que tudo se perde na imensidão
Pois não há no mundo explicação
para coisas que advém do nosso coração.
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 02/04/2010
Código do texto: T2172927
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