Aurora

A alva sobe tenra, vai o horizonte matizando

Suavemente de cores luminosas,

O Sol vem aos poucos, vago, se anunciando.

A alvura espalha-se em escalas ruidosas,

Pelas regiões etéreas e vai afugentando

Célere as sombras da noite agonizante.

Matiza-se a cor cerúlea rosa,

Os belos raios solares cor áurea

Aos poucos se derramam no firmamento,

Até que o astro rei, num momento impar,

Mostra a brilhante face, escondida outrora,

O céu esta sorrindo, esta é a aurora

Que cintila o espaço mui docemente

Lambendo as folhagens das plantas incessantemente,

Os pássaros despertam reanimados

Pelo espetáculo inebriante e entalados,

Graciosos, em seus ninhos empreendem lindos gorjeios,

Irrequietos, arriscam-se, saem a passeios,

Arregalam-se, como nós, de incontida alegria.

É a vida...É o começar de um novo dia...

Cá comigo uma meditação, um desejo tolo, esperança vã,

Preces ao léu do intimo contagiado suplicando eternidade num afã,

Pena de um dia ter que deixar esse paraíso sem igual,

Já que os olhos tapo a toda interferência desumana,

Medo do nada, do breu do final total da minha energia vital,

Do cessar das auroras sucessivas – noite eterna -,

Desespero pela minha descrença e impotência humana!

Arcofi
Enviado por Arcofi em 02/04/2010
Código do texto: T2172519
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.