CORNO EMBRIAGADO


Uma mesa num canto qualquer
um garçom pra servir o que se quer
Um copo de chopp bem gelado
o olhar perdido, entre bêbados apaixonados
Que lá choram por uma ingrata mulher
que pelo Ricardão foram trocados

E a canção brega que toca na rádio
Eu carente sofrendo pelos meus pecados
padecendo de um amor roubado
em goles mergulho o coração amargurado
sendo eu o mais novo recém chegado
ao clube dos corneados

A cadeira vazia, sem fala macia...
Triste de mim, tão abandonado!
Pego logo um guardanapo,
não derramo o pranto ensaiado
Dou voz ao que trago calado:

" Eis que a dor do silêncio derramei

                      Te perdi, o porque não sei

                                       Bebo pra tentar esquecer

                                                    o amor que tanto amei " 




                         Mas um chopp, por favor!
                         Hoje vou afogar a dor
                         Embriagar este peito sofredor
                         pois sou mais um perdedor
                         neste jogo insensato do Amor...o corno embriagado!


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 02/04/2010
Reeditado em 02/04/2010
Código do texto: T2172480
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