BEIJA FLOR

Dizem-me as rosas, quando vôo nos jardins
Murmúrios de amores inaudíveis aos insensíveis
Dobram-se madressilvas, lascivas e aturdidas
São irreconhecíveis as lânguidas margaridas
Gritam de inveja borboletas e querubins
Não suscitam o que eu provoco nos jardins
Eu dou de ombros, continuo em ziguezague
A distribuir meus beijos, meus desejos de amor
Toco cada flor como se fosse a ultima vez
Elas gozam em agonia, como se fosse a primeira
Vôo em abandono, para tristeza dos que ficam
Vôo e sigo o sol, para beijar e semear horizontes
Um dia eu volto, prometo, para um ósculo derradeiro


Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 01/04/2010
Reeditado em 01/04/2010
Código do texto: T2172250
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