1. DESPENHADEIRO / 2. MAR DE ARDORA
DESPENHADEIRO
Precipitam-se meus versos
Despenhadeiro abaixo
Lá, no corrente regato,
Encontram outros
De igual sorte
Despedidos da vida,
Abraçam-se
À morte
MAR DE ARDORA
Submarino é o meu coração
De olho fincado
No corpo trancado
Submarino é o meu coração
Sob as águas vivas
Montando cavalos marinhos
Rondo castelos submersos
Em mares de ardora
E nunca mais retorno