.pela.estrada.a.fora.

Nasci às avessas.

E invés de chorar, sorrio.

Porque a luz do sol é bonita demais.

E ofusca minhas lágrimas profanas.

Cresci com a consciência de um tolo.

E invés de sorrir, choro.

Porque meu momento é o agora.

E ter culpa é o que me consola.

Ando vivendo assim pela margem.

E invés de dançar, canto.

Porque o som sai de mim.

Mesmo que seja de um jeito chinfrim.

Neste instante tropecei.

Prendi meus pés no asfalto.

E invés de cantar, danço.

Porque cair é recomeço de quem levanta.

E a estrada brilha a minha frente.

Eu que vou

Sorrindo ou chorando.

Nunca parando.

Nunca parando.

Nunca parando.

Eu

vou.

ana maria de queiroz

31.III.2010

Ana Maria de Queiroz
Enviado por Ana Maria de Queiroz em 31/03/2010
Reeditado em 31/03/2010
Código do texto: T2170006
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