Mata Urbana
Negro quando morre não vai pro céu
Volta pra Africá volta pra Africá
Ser humano são varias fases
Será que sou em meio ao deserto um oasí
Será miragem ou viagem
O que vejo o que desejo
Quero amor, quero rosas
Ainda bem que Deus não dá asas a cobra
Confiança é um veneno vários querem malote
Te estende a mão depois dá o bote
Quem tem boca vai a Roma
Mas Zé povinho delatador vai pro coma
Os inimigos conta com Judas orelha Embratel
Morte encomendada via nextel
Muitos falam em revolução mas o solo é fértil pra maldade
Varios querem Din-Din facinado pelas telas do plin plin
Acostumado com a miséria ri-ri
Não sei por que vou por que vim
Em meio a tempestade de areia sobrevive os guerreiros
Não é pra qualquer um ter sabedoria de camelo
Ser Carlitos em tempos moderno
hoje o diabo veste terno
Vi Jesus trocar sua coroa de espinho
Por uma bombeta branco e vinho
Sua túnica branca,sua por camiseta larga e caução
sandalha por All star saber que nasce do caus a revolução
Ser revolucionário é abandonar os problemas em um banhe
Ser terrorista com coração de mãe
Sacrifica sua vida toda no trabalho seu perpetuo exílio
Tirar da própria boca pra dar pro filho
Um sonho de voltar pro mato faço parte da nave
Da natureza os astros sou chave
Meu ancestral é aquela arvore
Tenho uma mente san sou um ganho chamam
Na urbanidade volta pra mata varios truques
Mistura ervas com harmonia dos batuques
Olha aqueles vivos que já morreram
por que dos ancestrais esqueceram
Negro quando morre não vai pro céu
Volta pra Africá volta pra Africá