174 (Em memória á Sandro Barbosa do Nascimento)

Lembro do noticiário do ano dois mil

pessoas em diabradas você viu?

O que ele fez nasceu, morreu,creceu

na infância

Vitima do ódio da ignorância

Olha as circunstância

Pivete o que suas retinas reflete

Sua mãe

Seu anjo da guarda

Sua amada

Sendo degolada .

Não conheceu a escola

Só a professora da vida a cola

Deixou a montanha de maderite

Na vida insiste,persiste

Desceu pro asfalto

Se aperfeiçoou no assalto

- Vai filho da puta sai do planalto

Sandro desceu a ladeira

Perambulando sem ler e escrever achou a candelária

Escória da nação brasileira

Encontrou gente de escalão

Pra ele é como irmão

Rebelião na candelária!

Na candelária tem rebelião!

Balas sedenta de ódio

Pronta pra matar

Olha as hienas de olhos azuis

E coletes a prova de balas

Sandro cansado do açoite da senzala

Não demoro se mostrou

Se mostrou

É um ator da vida real

População ingnorante irracional

No coração ódio feito animal

Comida,lazer,educação,cultura ninguém tem

Olha o refém

Não quero negociação

Quero um cidadão

Ser um existente

Nesse mundo,imundo.

O policia disparou

Em um corpo balas entrou

Em Sandro as balas desviaram

Cadê herói?

Sua lâmpada de gênio

Mata Sandro privando de oxigênio.

Lavai o navio negreiro... viche

Navegando no mar de pedra e pinche.

Criaram Sandro na podridão do mundo

Pra eles

Ele nóis, somos imundo

Criaram o cãodenado

Quando não queria a coleira

Mataram

Só mais uma lagrima e nada mais

Nesse rio jorrando sangue.