Diga-me o que fazer.

Diga-me o que fazer para refrear

A insensatez deste meu desatinado coração

Que, de repente, acostumou-se a te amar!

Diga-me o que fazer para não ouvir

O dilacerante grito desta louca paixão

Que, de repente, nasceu por ti!

Diga-me o que fazer para esquecer

Este sonho que, de repente, vivo a sonhar:

Que teu amor só por mim há de ser!

Diga-me o que fazer, ó fantástica quimera

Para, sempre enlouquecido, parar de esperar por ti

O enlouquecido coração que por ti sempre espera!...

Antonio Maria/ São Luís do Maranhão