METÁFORAS DE MIM
Tenho fases como lua
Às vezes sou cheia, luminosa!
Depois começo a minguar
Vou sumido... sumindo...
Quando penso em desaparecer
Sou envolvida por raio luminoso
E fico novamente nova e cresço.
Não vivo uma rotina.
Este ser e não ser
Esta dinâmica – traz alegria.
Sou a mulher que escala sua vida.
No caminho pedras, tempestades
Tsunamis, vendavais...
Todavia quando me levanto
Deixo sementes espalhadas.
Sementes de aceitação, coragem
E muita esperança.
Venço todas as intempéries.
Recrio minha vida.
Por isso colho flores, muitas rosas.
Na vida nada é definitivo
Tudo é possível.
Eu não sou pedra
Sou palavra solta
Buscando papel ou coração.
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Eu não sou gata
Traiçoeira, dengosa, sestrosa
Todavia, às vezes, me visto de gata.
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Eu não sou maracujá que
Tomando muito faz dormir.
Sou mulher. Quando me tomam
Fico acesa.
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Não sou canguru
Que carrega filhos na barriga.
Sou mulher que carrega
Os filhos no coração.
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Eu não sou pássaro
Mas vôo em sonhos e fantasias.
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Leão? Não sou leão
Mas sei rugir
E amedrontar quando atacam.
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Não sou aranha, mas teço teias
Para o amor se aproximar.
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Não sou coelha que arranca pêlos
Para fazer ninho.
Porém forro cama com amor
Para esperar os filhos.
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Não sou borboleta colorida
Esvoaçante, enfeitando ares.
Mas vôo arduamente
Buscando o céu.
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Não sou beija-flor
Rápido nos beijos
Conquistando várias flores.
Sou mulher de apenas
Uma flor e longo beijo.