Sob a sombra do Flamboaiã.

Estava sozinha

Não tinha ninguém

O Frio cortante

Congelava as flores da sua canção

A floresta escura

Da sua mente

Onde a neve caía

Sem cessar

Percebeu que afinal

Nada mais importa

O fogo, esse frio fez questão de apagar

Os cabelos dourados

Caindo em seus ombros

O vestido estrelado

Azul como o céu...

Se arrastam no branco

Da grama antes verde

Onde o amor costumava existir

Cansada ela cai

Suas mãos tremiam

Suspirando fumaça

No espeço vazio

Onde tempo nunca vai parar

Agora é tarde

E suas veias se partem

Seu sofrimento mais encantador

Seu sangue rubro

Tingia a neve

Sua alma a esta deixando...

Ela observa

Seu corpo imóvel

Sentindo seus sonhos Fugirem...

Pra nunca mais poder alcançá-los

A vida entregue a eternidade.

Tarsila Bernardo
Enviado por Tarsila Bernardo em 29/03/2010
Reeditado em 07/08/2010
Código do texto: T2166200