Sob a sombra do Flamboaiã.
Estava sozinha
Não tinha ninguém
O Frio cortante
Congelava as flores da sua canção
A floresta escura
Da sua mente
Onde a neve caía
Sem cessar
Percebeu que afinal
Nada mais importa
O fogo, esse frio fez questão de apagar
Os cabelos dourados
Caindo em seus ombros
O vestido estrelado
Azul como o céu...
Se arrastam no branco
Da grama antes verde
Onde o amor costumava existir
Cansada ela cai
Suas mãos tremiam
Suspirando fumaça
No espeço vazio
Onde tempo nunca vai parar
Agora é tarde
E suas veias se partem
Seu sofrimento mais encantador
Seu sangue rubro
Tingia a neve
Sua alma a esta deixando...
Ela observa
Seu corpo imóvel
Sentindo seus sonhos Fugirem...
Pra nunca mais poder alcançá-los
A vida entregue a eternidade.