POÉTICA SENSÍVEL (Poesia Analítica-Crítica)
O silêncio comina
Algo insurrecto.
No cinema o amor fátuo,
Minha calça de domingo vagueia pela casa.
Sou anti-palaciano,
Gosto de apanhar no pé
As tangerinas maduras.
Gosto de Pessoa e Rimbaud;
O monge e o andarilho.
Sem pensar
Apanho minha carteira de cigarros,
Levo o cálice aos lábios
E antevejo o poema.
Pura clarividência
De uma mente entorpecida.
Ah! as falsas poéticas!
Todas elas me comovem,
Todas elas dançam
Insurrectas!
Ah! os falsos amores!
Todos eles me comovem!
Todos eles dançam
Insurrectos!