POÉTICA SENSÍVEL (Poesia Analítica-Crítica)

O silêncio comina

Algo insurrecto.

No cinema o amor fátuo,

Minha calça de domingo vagueia pela casa.

Sou anti-palaciano,

Gosto de apanhar no pé

As tangerinas maduras.

Gosto de Pessoa e Rimbaud;

O monge e o andarilho.

Sem pensar

Apanho minha carteira de cigarros,

Levo o cálice aos lábios

E antevejo o poema.

Pura clarividência

De uma mente entorpecida.

Ah! as falsas poéticas!

Todas elas me comovem,

Todas elas dançam

Insurrectas!

Ah! os falsos amores!

Todos eles me comovem!

Todos eles dançam

Insurrectos!

Gilberto de Carvalho
Enviado por Gilberto de Carvalho em 29/03/2010
Código do texto: T2166122
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