Boneco de Trapos

Jamais terei Teu brilho

E cheiro de flor,

Mas não há pena

Na mesma cena

Também Sou ator.

No teatro que vivo

Quem dita regras SOU EU:

"- O Deus sem deus".

Jamais terei Tua cor

Tampouco almejo-a.

Não sou estrela

Não tenho brilho próprio:

Meu brilho nasce em Ti

E não peço.

Podes morrer

Por meu jeito

Meu braço

Meu traço louco

Sem herdar se quer um átomo...

Mulher,

O boneco de trapos

É feito de ouro puro

Vindo de Oxalá

Parte de Oxalá

Sopro de Oxalá

É filho Teu

Escarro Teu.