Regurgitado

Envolto pela raiz do quadro na parede,

vi-me, repentinamente, sugado pela rede.

Encostado na varanda coniforme das idas e vindas,

arrastei a planície para o topo do traquete.

Varando dermes e epidermes;

Deixando o sangue cheio de germes;

Intragável e indiscutível;

Fazendo, de ti, Afrodite e, de mim, Hermes.

Agora sou externo.

Vejo sua acidez angelical.

Tu és algo banal,

sem presença e podre.

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 14/08/2006
Reeditado em 26/08/2006
Código do texto: T216449
Classificação de conteúdo: seguro