PERFUME INEBRIANTE...

Um botão de rosa na tarde fria

Estava no abandono e sofria.

Queria seu perfume exalar;

E a sua essência em flor mostrar.

Esperou vários dias para desabrochar

Desde quando era uma sementinha.

Agora que o sonho iria realizar.

Chorou e reclamou da sorte sozinha.

Até que alguém se aproximou do canteiro

Tocou a rosa de leve e a acariciou.

Sentiu o seu perfume inebriante... Que cheiro.

A rosa que era solitária sorriu;

Completa eclodiu radiante e o pólen perfumado

Seus galhos subiam rumo ao horizonte.

Um casal enamorado viu seu viço aveludado;

Enternecida foi beijada pelos amantes.

À noite foi um sonho

Foi colocada no aconchegante ninho.

E quente a rosa adormeceu sorrindo;

De manhã entre abraços foi se despreguiçando.

Estava ali a pura realidade

Sentia intensa felicidade.

Hortência Lopes

Hortência Lopes
Enviado por Hortência Lopes em 28/03/2010
Reeditado em 16/09/2014
Código do texto: T2164370
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