VOCÊ E A LUA, AS DUAS, AS NUAS...
VOCÊ E A LUA, AS DUAS, AS NUAS...
Vou sem te ver de pé
Maldade tamanha a sua
Vou sem a visão
Da musa depravada e nua
Vou sem ter no final da fita
A cor que cobre a pele
A paixão de ver a lua cheia
Que ao mundo se descobre
Parece ser pouco o que se vê
Mas que tem enorme dimensão
De um mundo próximo, mesmo distante
Que se estende ao alcance das mãos
De só quem se permite a sonhar
Poderá ver o brilho no seu contorno
Dessa vida limpa e nua de luar
Como que se olhar a si mesmo nu
Diante do maior dos espelhos
Que você que teima em descortinar
A me permitir que siga tal conselho
De por teu corpo ver a brotar
Em lindos versos de curvas
Por onde me assemelho
Não a tua beleza impoluta
Mas no que mais sentido dá
Assemelhar-me ao tem modo impar
De te vendo de pé no céu azul
Ter eu vencido a disputa...