A Cidade do Sol
A alegria singela,
De uma vida humilde, mas com felicidade...
Arrancada daquela,
Que achava que seu sonho poderia se transformar em realidade...
Um pai rico e poderoso,
Um futuro que deveria ser o melhor...
Um sonho de amor com um tutor carinhoso,
Que se transformou no pesadelo pior...
Num país onde a guerra,
É trágica e se diz santa...
O valor da mulher se encerra,
E o do homem se agiganta...
Trazendo muita dor,
Submissão e sofrimento...
Não se vive ou se fala de amor,
Todos os dias, um novo tormento...
Assim a mulher consegue viver,
Alheia a vida ao seu redor...
Até outra mulher se juntar, após sobreviver,
Trazendo expectativa de uma vida ainda pior...
Surpreendentemente, dos espinhos,
Brota uma maravilhosa flor...
Entre confidências e carinhos,
Nasce a amizade e o amor...
Juntas conseguem amenizar,
Tanta dor e padecimentos...
Nascem crianças para alegrar,
Nascem mais dúvidas e mais tormentos...
Tudo caminha para um final.
Infeliz como não poderia deixar de ser...
O infortúnio é coisa normal,
Viver a vida é sofrer...
Mas, um momento trágico,
Traz a oportunidade de mudar...
Para uma um momento mágico,
Para outra a oportunidade de se libertar...
A própria morte traz o alívio,
Para aquela que só fez sofrer...
Levando a outra ao convívio,
De uma nova família que está por nascer...
A tristeza de uma,
Levando a felicidade a outrem...
A vida em suma,
O mal que permite nascer o bem...
Aldergan Pacifico
Poesia inspirada no livro de Khaled Hosseini – A Cidade do Sol