Palhaço!

Oh, Arlequim

O que é feito de você?

Tem medo, afinal de quê?

Será de mim, ou vai ver,

que é de você, por andar

na corda bamba, pronto pra cair

mas não está pronto pra se machucar?

Fique tranquilo, oh, doce palhacinho,

fique tranquilo, pra isso, ninguém está.

Arlequim, tua face pintada, teu nariz

carmim, tua graça de menino, aprendiz

é o que faz um mundo gentil e alegre surgir

mas todos se esquecem que você, não é de aço

Dizem, que o fugás ladrão de corações é o Palhaço

mas quantas vezes você já foi ludibriado, já foi roubado

e quantos sabem que quando você rouba, é sem a noção,

rouba assim, na contramão, de qulaquer nobre movimento

rouba sem querer, sem nenhuma petensão ou fingimento,

daí ter medo, ter um coração de alguém na mão! O que fazer?

Deixar e correr, esquecer, ou voltar atráz, guarda-lo, acolher...

Afinal, arlequim, do que você tem medo, seria medo de mim?

ou ainda pior, mas poderia ser sim! Poderia ser medo de você,

ir de novo, globo da morte, motos traiçoeiras, envolto em paixão,

ou seria, voar como os acrobatas, cair, e se estraçalhar, no chão?

Ou, Arlequim, você tem medo, é de se achar, em seus desejos?

patricia hakkak
Enviado por patricia hakkak em 28/03/2010
Código do texto: T2163322
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