O Libertino...
Vim de longe como o vento enfurecido
A borrifar os prantos da saudade apaixonada
Sob o chão de terra rociado, humedecido
Plantando rosas pra minha musa idolatrada.
Quem dera eu fosse o bardo de seus versos preferidos
Pra compensar o asco de minha vida devassada
E enaltecer o jovem de nome empobrecido
Diante a face da moça de feição imaculada.
Ai se eu fosse o sonho da noite mal-velada,
A insônia sob a luz dos vaga-lumes,
O desejo do inconsciente adormecido.
Vagando libertino, feito ondas do mar
Atado ao tempo deste sono profundo,
Vejo-te nas pálpebras quando pretendo sonhar.