o dia em que a terra parou

ah, esse teu corpo que torce lençóis...

como gosto do teu rosto!,

e do que esse seio exposto é capaz

de fazer com meu sangue

por um breve átimo de instante

o fogo que é alimento dos loucos

pra quem o trivial é pouco

e o real, uma chance de morder

over and over again o teu berro

que de tanto subir pelas paredes

se joga do décimo e acaba

a poucos metros do vício perpétuo

dizendo coisas que não levo

mas que arranham meus ouvidos

mergulhando pro fundo da carne

virando choque elétrico no ventre

mesmo sob avisos de para, para...

surdo eu sou do movimento

ele é quem me embala pela tarde

que me atira pra dentro

enquanto você é quem me evade

indo pro canto da cama a rolar

e rir do que não entendo

ah, como teu riso é um gozo

como gosto do teu rosto!,

e do que esse riso infantil me faz...

Avati
Enviado por Avati em 27/03/2010
Código do texto: T2163071
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