o dia em que a terra parou
ah, esse teu corpo que torce lençóis...
como gosto do teu rosto!,
e do que esse seio exposto é capaz
de fazer com meu sangue
por um breve átimo de instante
o fogo que é alimento dos loucos
pra quem o trivial é pouco
e o real, uma chance de morder
over and over again o teu berro
que de tanto subir pelas paredes
se joga do décimo e acaba
a poucos metros do vício perpétuo
dizendo coisas que não levo
mas que arranham meus ouvidos
mergulhando pro fundo da carne
virando choque elétrico no ventre
mesmo sob avisos de para, para...
surdo eu sou do movimento
ele é quem me embala pela tarde
que me atira pra dentro
enquanto você é quem me evade
indo pro canto da cama a rolar
e rir do que não entendo
ah, como teu riso é um gozo
como gosto do teu rosto!,
e do que esse riso infantil me faz...