Ventro grave...

O tagarelar ao infinito... Dizer ao gosto que é possível... Sei nada de tudo o que acredito.
Visto-me de brisa... Ainda não sabes onde a calçada termina... A estrada diz, em duas extremidades, que as páginas são dobradas...
Gravidade... Gravo em papéis, bem rápido, antes de amassá-los em drágeas contadas.
Amor em fina cartilagem de sentidos... Os ossos aerados de uma memória fosca.
O vento grávido de palavras... Lança pétalas em meus ouvidos...
Os lençóis de seda... As tuas mãos... Proteica fascinação...
Vasculho as caixas... Guardo as tuas lágrimas...
A noite mantém o seu próprio tempo... Lento... Lamento o silêncio...



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