Ódio Silvestre
Nos silenciosos tufões de noite,
Frascos partidos exalando perfumes,
Inalando drogas homeopáticas nos corredores
Trincando vozes refletidas num espelho imaginário
Surtem qualquer efeito colateral,
Pessoal e singularista, enoja-me.
Tem qualquer sentido em braile
Paredes cheias de reboco que vomitam,
Regurgitam lembranças atrevidas
Disfarçadas de discórdia virgem selvagem
Até que traguem no cio dos pavores,
O circo dos terrores, raivas justificadas, afloram-me
Cada chão descalço para vários pés nus,
Solo de terra batida sem pudor nem brio
Que nos empurra acima da gravidade
E a gravidez que somente solo já engole,
Devora, suga, lambe as tripas e cose as sementes
Por fazer-me brotar em tufões de noite.
Escarlatinas ou remelas de nosso acomodamento?