ERRANTE

Como vulto negro apareço e vou surgindo

Contemplo minha alma em lenta agonia

Delineio minha imaginação com melancolia

Lúgubre silêncio através da morte

Como o cântico dos anjos ao sabor da fúria

A palavra se cala, o corpo enverga

As forças se consomem, o mundo se abala

Como homem no firmamento, na esperança de ser Deus

No abismo da profunda melancolia

O pranto se mistura a luz

De todo sangue verte a glória

E da cruz se edifica a vitória

Emana a profunda chaga da tradição

Rompe-se o tênue véu de um olhar

Descortinando o corpo do templo do céu

Deita o homem na terra do aniquilamento

alberto madonna
Enviado por alberto madonna em 26/03/2010
Código do texto: T2161029
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